quinta-feira, 14 de abril de 2011

Saudade


    Não lembro muito de você, pois você faleceu quando era uma criança, não sabia como é vida, não que agora eu saiba tudo da vida, mas já tenho uma pequena ideia sobre ela.
    Sinto sua falta...
    Era um dia normal, não lembro exatamente que dia da semana era.
    Acho que havia chegado da escola, tinha tomado um banho, pois estava suada, havia me trocado, estava na casa da minha mãe esperando meu pai chegar. Estava ansiosa pois era pequena, tinha sete anos, e queria ir ao aniversário do meu primo de segundo grau, em um buffet infantil e iria encontrar minhas primas e bagunçar muito.
    Meu pai subiu em meu apartamento para me pegar, minha mãe também tinha acabado de chegar.
    Já sabia que meu avo não iria na festa, pois estava internado no hospital.
    Quando ouço o celular do meu pi tocar, ele atende e da um berro, e logo começa a chorar desesperadamente, se apoiou na parede ao lado da porta e ficou lá, parado por uns cinco minutos.
    Não sabia o que estava acontecendo, não sabia de nada.
    Ficava me perguntando: 
    O que estava acontecendo ? Será que meu pai está chorando de felicidade ? Não, acho que não. E porque ele deu esse berro ? E meu avô, como ele esta ? Esta bem ?
    Fiquei pensando sobre meu avo, até a minha mãe falar alguma coisa ( não me lembro o que ). Ela falava com toda a delicadeza do mundo.
    Não me lembro qual foi minha reaçao na hora, só sei que comecei a chorar, mas não havia caído a fixa ainda. 
    Meu pai foi para o hospital, e falou que não ia dar para irmos ao aniversário.
    Fiquei triste, pois queria ir apesar de ter chorado sem saber o motivo exatamente, estava animada e queria me divertir com minhas primas. 
    Meu pai se despedia e foi embora.
    Minha mãe começou a contar tudo o que havia acontecido, de um modo compreensivo, simples, sem dar muitos detalhes, pois ela também não sabia exatamente como havia acontecido.
    Conversei com calma com minha mãe, comecei a chorar desesperadamente, pois acabava de entender o que havia acontecido.
    Durante está noite, após o aniversário de minha avó, sete de abril de dois mil e onze, penso e penso em todos os momentos em que passei com ele.
    Escrevo está cronica, com lagrimas escorrendo pelo meu rosto, já sensível, vermelho. Os olhos e nariz enxados.
    Lágrimas de medo, de insegurança e de tristeza escorrem pelo meu rosto quente, pois meu avô cantava uma música para mim, para todos os meus primos e tios. Há pouco tempo cantei essa mesma música para meu irmão.
    Infelizmente meu irmão não teve a honra de conhece-lo. Meu irmão de quase três anos, sabe que meu avo foi uma pessoa especial para mim, e para todos que o conheceram. Pois ele me ensinou muitas coisas, era um cara doce, sorridente, muito feliz. Sempre que o via, estava sempre alegre.
    Sinto uma saudade imensa tua meu querido avô, apesar de não presenciar fisicamente nenhum aniversário de todos os netos, filhos, nenhum natal, ano novo, nenhuma data importante. Eu sei que você esta presente conosco e sempre estará.

   Sempre te amei, te amo, e sempre te amarei meu querido avô. 

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